Para muitos especialistas, com o aumento da temperatura global, a criação de reservas ambientais pode representar uma solução para conservar a biodiversidade de determinadas regiões. Essa ideia ganhou força em 2020, na Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, onde cientistas apresentaram o objetivo conhecido como “30×30”, no qual propõem a transformação de 30% da Terra em áreas de proteção até 2030. Mas um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Montana, nos EUA, mostra como as mudanças climáticas podem ameaçar esses esforços.
“A ONU, em coordenação com muitos países e organizações conservacionistas internacionais, está promovendo a expansão da rede de áreas protegidas para que 30% de todas as ecorregiões sejam preservadas até 2030”, disse, em um comunicado, Solomon Dobrowski, autor principal do estudo publicado na Nature Communications. De acordo com a ONG WWF, uma ecorregião é uma “grande unidade de terra ou água que contém um conjunto geograficamente distinto de espécies, comunidades naturais e condições ambientais”. Dentro do bioma Amazônia, por exemplo, há diversas ecorregiões.
“Mas o que acontece quando plantas e animais — e, portanto, ecorregiões — se movem com o tempo para ir atrás do seu clima ideal, nquanto os limites das áreas protegidas permanecem fixos?” Dobrowski observa que, mesmo que 30% de uma determinada ecorregião esteja protegida agora, à medida que as ecorregiões mudem em resposta às mudanças climáticas, essa proteção e representação dentro da rede de áreas protegidas também muda.
Fonte/saiba mais:
https://veja.abril.com.br/agenda-verde/aumento-da-temperatura-ameaca-criacao-de-areas-protegidas-mostra-estudo/